Olá para você que agora entrou neste blog, primeiramente gostaria de agradecer por sua visita!
Estou há algum tempo sem postar nada por aqui, não por falta de vontade, pois sempre tenho ideias e assuntos para abordar aqui, mas devido a correria do dia a dia acaba não dando tempo! Mas agora, com as finalizações dos trabalhos desse ano, eu voltarei a abordar assuntos relevantes para visitantes do blog, amigos e clientes, com a intenção de dar dicas, mostrar curiosidades e debater interesses em comum.
O motivo que me leva a escrever hoje, foi algo que aconteceu há mais ou menos um mês, e hoje parei a pensar e refletir…
No dia 09 de novembro de 2014, fiz as fotografias do aniversário do Vinicius (3 anos), antes do evento a mãe do Vinicius já havia me alertado que o seu filho não gostava muito de ser fotografado, algo até bem normal para uma criança de 3 anos. Posso dizer que o começo foi mais difícil, afinal eu era um desconhecido para ele. Então, durante a festa comecei a conversar, a brincar, e até a entretê-lo com malabares com 3 bolinhas, daquelas que ficam em brinquedos. O engraçado é que, por coincidência, há alguns dias antes, em alguns momentos livres eu vinha treinando e brincando com isso, pois de certa forma ajuda a pensar rápido e trabalhar o cérebro, equilíbrio, concentração e precisão, além de ser divertido!
Com isso, fui desenvolvendo uma pequena amizade com o Vinicius, criando uma afinidade e ganhando a confiança dele, e então, foi se tornando mais fácil ganhar um sorriso, um olhar e conseguir registrar a alegria dele na sua festinha.
A questão principal de tudo que estou escrevendo, é falar sobre o desafio de fazer uma fotografia bonita, de como construir uma imagem que represente o sentimento, a expressão, o olhar ou um sorriso. Claro que os fatores, equipamento + técnica, são muito importantes para um profissional, mas uma coisa que percebi em minha carreira, é que o grande diferencial de um fotógrafo, é : como você vai chegar a essa fotografia?
Sim, pois em muitos momentos as pessoas não estão sorrindo, estão dispersas, não estão agrupadas, há outras pessoas ou objetos atrapalhando a composição da foto, muitos casais por exemplo, não sabem como se posicionar, o que fazer com as mãos, enfim, são vários os desafios, e através da direção, da atenção a cada detalhe, podemos corrigir ou melhorar a cena.
O aniversário do Vinicius eu usei como exemplo, pois se eu não me envolvesse com ele, eu não conseguiria captar as imagens que eu queria e que consequentemente os que pais gostariam de ver depois. Evidentemente, esse é o objetivo de todo bom profissional de fotografia, pensar na luz, no enquadramento e na estética, mas, pouco adianta se o foco principal (a pessoa a ser fotografada), não tiver olhando, sorrindo, brincando, interagindo de alguma forma com as lentes.
Esse é um conhecimento que adquiri com pessoas e profissionais mais experientes, em workshops e eventos que participei, e que sempre levo comigo em todos os meus trabalhos, seja casamentos, aniversários, batizados, e eventos sociais, e que acredito fazer uma diferença para obter um resultado melhor nas minhas fotografias. Então, na verdade o difícil não é fazer a fotografia, mas sim como chegar até ela. Sabemos que hoje em dia, devido a acessibilidade à tecnologia, existem muitos “fotógrafos” de ocasião, que fotografam tudo o que vêem e que acham interessante, mas e quanto a lado “humano” da coisa? Será que todos conseguem se envolver com essas pessoas ao ponto de extrair o melhor delas para as imagens?
É por isso que eu, assim como meus colegas de profissão, acreditamos que a valorização do profissional de fotografia deve ser sempre avaliada, questionada discutida, pois assim como qualquer profissional, seja um médico, um professor, um dentista, o fotógrafo profissional também dedica tempo e cuidado, e investe muito para aprimorar seu trabalho. Mas, antes de tudo, estamos lidando com pessoas, com suas emoções e sentimentos, e como mensurar o valor de importância de um momento especial para alguém? Então, fica aqui uma reflexão: “Será que é só ter uma câmera profissional na mão que faz de alguém um bom fotógrafo?”
Um abraço, e até mais!